By Fabrício Carvalho
A firma de auditoria KPMG acionou oCorinthiansna Justiça para cobrar R$1,5 milhão afirmando que o clube não fez o pagamento dos serviços prestados, segundo informou a ESPN. Contratada em maio de 2021 para auxiliar na renegociação de dívidas, a KPMG afirma que houve um acordo para o pagamento de R$1.490.967,78 até janeiro de 2024, mas o Timão não fez o pagamento.
Além disso, a consultoria afirma que todas as tentativas de resolução amigável foram esgotadas e por isso abriu processo de recuperação do crédito na Justiça. Os detalhes de todo o desdobramento estão em um dos documentos judiciais revelados pela "ESPN", indicando que o valor não foi recebido mesmo com confissão de dívida assinada por Duílio Monteiro Alves, ex-presidente do Corinthians.
Desde o inconteste vencimento da dívida, as exequentes envidaram todos os esforços possíveis para recebimento, de forma amigável, de seu crédito, no entanto, o executado quedou-se inerte e não honrou com o compromisso assumido no título extrajudicial exequendo, não restando, assim, alternativa à KPMG para o recebimento de seu crédito senão o ajuizamento desta ação de execução.
O valor inicial no processo é complementado por custos adicionais relacionados a cobrança, subindo o valor total para R$1.520.819,89. Deste valor, R$29.852,11 estão relativos aos encargos legais diretamente associados à notificação judicial recebida pelo Corinthians.
Dívida do Corinthians aumentou consideravelmente
Além de não quitar o pagamento com a KPMG, a dívida do Corinthians cresceu de forma significativa. No último ano do mandato de Andrés Sanchez, a dívida estava em R$950 milhões segundo o balanço financeiro da época.
Ao fim da gestão Duílio Monteiro Alves, a dívida subiu para o valor de R$2,1 bilhões. Deste montante, R$ 717,8 milhões consistem no financiamento com a Caixa Econômica Federal para a construção da Neo Química Arena, estádio que recebeu partidas da Copa do Mundo 2014.
Falhas na anexação de documentos podem "salvar" o Corinthians
Por fim, existe uma esperança para o Corinthians na esfera judicial, pois advogados da KPMG cometeram erros de categorização de documentos anexados ao processo, segundo informações divulgadas pela "ESPN". Caso as correções não ocorram em 15 dias, o juiz Paulo Guilherme Amaral Toledo, da 1ª Vara Cível do Foro Regional do Tatuapé, afirmou que o processo por ser extinto por determinação judicial.
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Este artigo foi publicado originalmente no 90min.com/pt-BR como Consultoria que ajudou Corinthians sofre calote e cobra R$1,5 milhão na Justiça.
