Os 16 técnicos da Copa América 2024

By Bia Palumbo

A Copa América 2024 começou nesta semana, então vamos apresentar quem são os 16 homens que iniciam à disputa com o sonho de faturar a competição de seleções mais importante do continente. Sete dos 16 são argentinos. Ao todo há 10 sul-americanos (sendo dois brasileiros e um uruguaio), três europeus (dinamarquês, espanhol e islandês), dois nasceram nos EUA e outro é mexicano.

A Copa América acontece nos Estados Unidos pela segunda vez na história - a outra foi em 2016, com o Chile vencedor. Argentina e Peru completaram o pódio e o Brasil caiu na primeira fase porque venceu apenas um dos três jogos e terminou em 3º lugar no grupo que tinham quatro participantes.

Técnicos da Copa América 2024

1. Antônio Carlos Zago (Bolívia)

Ele era zagueiro nos tempos de jogador | Tim Nwachukwu/GettyImages

Auxiliar da Roma (Itália) e Shakhtar Donetsk (Ucrânia), treinou Kashima Antlers (Japão), São Caetano, Coritiba, Internacional e Juventude, dentre outros, se destacou por fazer o Red Bull Bragantino voltar à elite nacional. A jornada boliviana teve pontapé inicial no Bolívar, ganhou o Torneio Apertura em 2022 e recebeu convite para a seleção, onde acumula funções porque também está à frente do time sub-23.

2. Daniel Garnero (Paraguai)

Ele construiu toda sua trajetória profissional no continente americano | Marcelo Hernandez/GettyImages

A vida do ex-meio-campista fora das quatro linhas começou em solo argentino (Arsenal de Sarandí, Belgrano, Independiente, dentre outros), mas foi no Paraguai onde empilhou troféus por Guaraní, Olimpia e Libertad, então o seguiu caminho natural para encarar a missão de fazer a Albirroja voltar a ser competitiva - a última boa campanha na Copa América foi o 4º lugar em 2015.

3. Dorival Jr (Brasil)

Dorival foi campeão da Libertadores com o Flamengo em 2022 | Wagner Meier/GettyImages

Paulista de Araraquara, colecionou conquistas por grandes clubes brasileiros - campeão catarinense no Figueirense, pernambucano no Sport, paranaense no Athletico-PR e no Coritiba, paulista no Santos, gaúcho no Inter. No auge levou o Flamengo a ser tri da Libertadores e ajudou o São Paulo a levantar a então inédita Copa do Brasil. Ocupou a vaga de Fernando Diniz após campanha irregular no início das Eliminatórias para a Copa de 2026, estreou em março e após quatro amistosos em que manteve a invencibilidade com duas vitórias e dois empates fará o primeiro jogo oficial dele na equipe canarinho na estreia da Copa América 2024.

4. Félix Sánchez Bas (Equador)

Ele é catalão e tem 45 anos | Franklin Jacome/GettyImages

Deixou as categorias de base do Barcelona para ser um dos responsáveis pelo desenvolvimento do futebol no Catar, conduziu os donos da casa no Mundial em 2022, ensinando ao mundo a característica marcante de La Masia, valorizando a posse de bola e qualidade técnica. O projeto continuou até o final de 2022 e a Federação Equatoriana apostou na vivência dele com jovens para liderar a nova geração de La Tri.

5. Fernando Batista (Venezuela)

Ele tem contrato com La Vinotinto até dezembro de 2026 | Edilzon Gamez/GettyImages

Campeão do Pré-olímpico com a Argentina, tirou a licença da UEFA, integrava a comissão de Pékerman e ganhou chance para substituí-lo. É o primeiro desafio em um time principal e aos 53 anos também estreia na Copa América 2024.

6. Gregg Berhalter (Estados Unidos)

Saiu de Nova Jersey e voltou aos Yankees em agosto de 2023 | John Dorton/ISI Photos/USSF/GettyImages

Ex-zagueiro, participou da Copa do Mundo em 2002 e 2006, além da Copa América 1995. Se aposentou no Los Angeles Galaxy (EUA) e virou assistente. Em 2011 ganhou oportunidade para treinar o Hammarby IF (Suécia), ganhou a MLS Cup com o Columbus Crew. Está na segunda Era pela seleção dos EUA. Dentre as conquistas mais relevantes estão Concacaf Nations League (2019/20, 2022/23 e 2023/24) e a Copa Ouro (2021).

7. Gustavo Alfaro (Costa Rica)

Seleção caribenha foi uma das últimas a se classificar | Omar Vega/GettyImages

Aos 61 anos, ele começou a ser técnico ainda na década de 90 circulando por clubes argentinos como Atletico Rafaela, Belgrano, San Lorenzo, Arsenal Sarandí, Rosario Central, Huracán e Boca Juniors, dentre outros, até que saiu da terra natal para a seleção equatoriana, onde ficou entre 2020 e 2023.

8. Heimir Hallgrímsson (Jamaica)

Ele era o comandante da Islândia na Copa do Mundo de 2018 | Robin Alam/ISI Photos/GettyImages

Com história no futebol feminino de seu país, despontou quando os islandeses chegaram ao Mundial da Rússia, passou pelo Al Arabi (Catar) e migrou para o terceiro continente diferente com o objetivo de fazer os Reggae Boyz avançarem ao mata-mata. Cursou Odontologia e concilia com a agenda com atividades e competições envolvendo o mundo da bola.

9. Jaime Lozano (México)

Como jogador ele terminou em 3º lugar na Copa América de 2007 - também atuou na de 2004 | Omar Vega/GettyImages

Tem 45 anos, natural da Cidade do México e ídolo do Pumas. Querétaro e Necaxa deram o pontapé inicial de uma caminhada que rendeu a maior oportunidade de sua ainda breve carreira na área técnica. El Tri ganhou a Copa Ouro em 2023, ganhando confiança para dar sequência e chegar bem para fazer bonito no próximo Mundial em casa.

10. Jesse Marsch (Canadá)

Seleção canadense não fez nenhum gol desde que ele foi contratado | Rene Nijhuis/MB Media/GettyImages

Engana-se quem pensa que Dorival Jr é o mais novato da lista. Trata-se deste estadunidense de 50 anos. Com experiência no futebol europeu (como RB Lepizig, da Alemanha, e Leeds, da Inglaterra), assumiu neste mês e até agora foram apenas duas partidas - derrota por 4 a 0 para Holanda e empate sem gols diante dos franceses. O maior sucesso foi no Red Bull Salzburg (Áustria), entre 2019 e 2021, onde conquistou quatro títulos.

11. Jorge Fossati (Peru)

Ex-jogador do Avaí e no Coritiba, também comandou o Internacional | CRIS BOURONCLE/GettyImages

Uruguaio de 71 anos possui estreita relação com o futebol brasileiro, serviu a seleção celeste enquanto atleta. Como treinador iniciou noRiver Plate, foi campeão pelo Cerro Porteño, Peñarol e LDU, rodou por clubes do Oriente Médio, como Al Ain, Al Rayyan e Al Sadd (Catar), Al Shabab (Emirados Árabes) e Al Ahli (Arábia Saudita). Trabalhou nas seleções do Catar e Uruguai. Está na Bicolor após levar o Universitario ao topo do pódio no Campeonato Peruano.

12. Lionel Scaloni (Argentina)

Nascido na região de Santa Fe, sagrou-se campeão mundial na primeira Copa que disputou | ANP/GettyImages

Como lateral-direito construiu seu nome em clubes como Newells' Old Boys e Estudiantes (Argentina) Deportivo La Coruña, Racing Santander e Mallorca (Espanha), Lazio e Atalanta (Itália). O primeiro passo fora das quatro linhas era como auxiliar de Jorge Sampaoli no Sevilla. Ganhou chance no time sub-20 da Argentina e quando foi promovido viveu a melhor fase da carreira ao quebrar um jejum de títulos em dose tripla com Copa América 2021, Finalíssima e Copa do Mundo 2022. Não à toa é o mais longevo no cargo.

13. Marcelo Bielsa (Uruguai)

Ele é famoso pela personalidade forte e possui uma legião de fãs | JUAN CARLOS HERNANDEZ/GettyImages

O apelido de El Loco Bielsa condiz com seu estilo inquieto à beira do gramado. Argentino de Rosario, levou o Newell's Old Boys à final da Libertadores de 1992 contra o São Paulo, foi campeão argentino e depois também levantou a taça do Clausura pelo Vélez Sarsfield. Ganhou o ouro olímpico com a Albiceleste em 2004, depois foi para a seleção chilena e seguiu carreira nas principais ligas europeias (Athletic Bilbao, Olympique de Marseille, Lazio, Lille e Leeds).

14. Néstor Lorenzo (Colômbia)

Ele convocou atletas que atuam no futebol brasileiro, como James Rodríguez (São Paulo) e Jhon Arias (Fluminense) | JUAN BARRETO/GettyImages

Portenho, foi auxiliar por quase seis anos dos Cafeteros, treinou o Melgar (Peru), esteve na comissão de José Pékerman e foi escolhido para um novo ciclo, o que se mostrou uma decisão acertada, tanto que conseguiu resultados expressivos recentemente e colombianos chegam para a competição com a maior invencibilidade de sua história (18 vitórias, sendo oito seguidas, e cinco empates em 23 jogos).

15. Ricardo Gareca (Chile)

Ele teve passagem relâmpago pelo Palmeiras em 2014 e não se adaptou | RODRIGO ARANGUA/GettyImages

O argentino de 66 anos conhecido pela vasta cabeleira comandou em diversos clubes (Talleres, Independiente, Colón, Argentino de Quilmes, Argentinos Juniors e Vélez Sarsfield). Como atacante integrou o elenco da Copa América de 1983. Levou a seleção peruana à Copa do Mundo de 2018, sendo que trabalhou no Universitario (Peru) e no Palmeiras. Disputa em 2024 a quinta Copa América à beira do gramado.

16. Thomas Christiansen (Panamá)

Nasceu na Dinamarca, mas defendeu a seleção espanhola, e chegou na seleção panamenha há quatro anos | Omar Vega/GettyImages

Ex-atacante revelado no Barcelona, foi artilheiro da Bundesliga 2002/03 pelo Bochum se aposentou no futebol alemão. Como técnico circulou por clubes da Suíça, Emirados Árabes e Chipre \- onde foi campeão da liga nacional-, até aceitar convite do Leeds United (Inglaterra) e, em seguida, o Union St Gilloise (Bélgica). Está na seleção panamenha desde 2020, disputou duas edições da Copa Ouro e agora estreia na Copa América.

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Este artigo foi publicado originalmente no 90min.com/pt-BR como Os 16 técnicos da Copa América 2024.