Uma marcha portuguesa gigante a invadir as ruas desta cidade da Renânia do Norte-Vestfália, pintadas com as cores de Portugal, com milhares de adeptos a percorrerem cerca de cinco quilómetros até ao Veltins Arena. A BOLA fez todo este percurso com os adeptos que começou em pleno centro desta cidade alemã transformada num pequeno Portugal em clima de festa, euforia, poucas horas antes de arrancar a partida.
Música popular, uma delas bem conhecida, ligada, curiosamente ao Sporting. «Eles até caem… se o Paulinho mostra os dentes», uma versão de Freed from Desire, mas adaptada a… Ronaldo. O camisola 7 foi, de resto, como quase sempre aliás, o nome mais lido em todas as camisolas por onde passamos. Pessoas oriundas de todos os cantos do mundo, alguns mais excêntricos que outros, como Javier, um mexicano que deixou a Copa América, para se deslocar à Alemanha para ver, pela primeira vez, Cristiano Ronaldo em ação.
«Sei que o México até joga esta noite, mas era uma oportunidade única para ver Ronaldo. Vamos ficar pelo menos até aos oitavos de final», disse, na esperança de que o capitão luso pudesse ver um dos cartazes que pretendia levar para o estádio.
Uma paixão que ultrapassa fronteiras, um mediatismo que vem subindo de tom, que A BOLA foi sentido durante todo o percurso, que durou cerca de uma hora, sob um tórrido calor que se fez sentir ontem, ao qual se foram juntando cada vez mais adeptos, sob um forte (e organizado) dispositivo de segurança que, a espaços, foi alertando para a não utilização de engenhos pirotécnicos. Crianças, pessoas de todas as idades, homens e mulheres (até grávidas...), ninguém quis faltar à festa, cantando e dançando a cada passo dado. O destino, esse, seria o Veltins Arena onde já estavam, de resto, muitos outros milhares que optaram por se deslocar diretamente para o recinto e onde se juntaram com muitos georgianos que, convém sublinhar, mostraram sempre muito fair-play e desportivismo. O Europeu é mesmo isto e todos começaram a ganhar antes da bola começar a rolar...