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By Fabrício Carvalho
O Brasil estreou de forma decepcionante naCopa Américacom empate sem gols diante da Costa Rica, transformando o duelo desta sexta-feira (28), contra o Paraguai, em um confronto decisivo pensando em classificação para as oitavas de final.
A Seleção tentou se impor diante uma defensiva seleção adversária que aproveitou muito bem o campo reduzido do SoFi Stadium para arrancar um empate heroico considerando a diferença do nível técnico entre as equipes. No entanto, Dorival Júnior cometeu alguns erros consideráveis, os quais precisam ser evitados para o duelo contra o Paraguai.
1. Vinícius Júnior e Arana não renderam pela esquerda
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Por orientação de Dorival Júnior, a Seleção Brasilera insistiu bastante nas tentativas de construção pelo lado esquerdo, onde Vinícius Júnior atuou aberto no mesmo lado e Guilherme Arana, um lateral que pouco se beneficia com o modelo dos pontas abertos adotado pelo técnico do Brasil.
Com isso, as situações de ataque criaram poucas situações de gol para Vini, que acabou sendo o atacante que menos tocou na bola contra a Costa Rica (44 ações com a bola, 19/23 passes certos).
2. Pouca utilização dos chutes de média distãncia
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Diante de adversários bem compactados em um campo reduzido, as seleções de melhor qualidade técnica como Uruguai e Argentina encontraram dificuldades para criar muitas situações de ataque.
No entanto, um recurso que ambas utilizaram foram chutes de média distância, algo pouco explorado pela Seleção Brasileira, que tentava balançar o jogo de um lado para o outro sem encontrar espaços. As tentativas de Lucas Paquetá e Arana, ambas de fora da área, foram as principais chances de gol do Brasil contra a Costa Rica.
3. Maior agilidade para tomadas de decisão
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Em uma substituição contestável, Dorival Júnior tirou Vinícius Júnior e Raphinha para as entradas de Savinho e Endrick para apostar nas construções pelo lado direito, mas o Brasil pressionou mesmo quando Martinelli entrou no lugar de João Gomes, uma substituição mais ofensiva que deixou a Seleção em um 3-2-5, mas que ocorreu restando apenas 10 minutos para o apito final.
4. Melhor utilização de Lucas Paquetá
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Um dos principais problemas do Brasil durante a estreia foi justamente o posicionamento de Lucas Paquetá. Enquanto no West Ham desempenha função de transição rápida e passes em profundidade, na seleção teve a missão de construir as situações de ataque desde o meio-campo, deixando a equipe muito dependente das individualidades em um 4-4-2 que deixava os dois pontas muito estáticos.
5. Priorização do sistema defensivo em detrimento do ofensivo
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Com 74% de posse de bola e 19 finalizações, o Brasil acertou apenas três chutes no alvo na partida diante dos costarriquenhos. Em entrevista coletiva, Dorival apontou que faltava consistência defensiva e por isso tentou agredir o contra-ataque em velocidade, uma estratégia pouco efetiva diante da proposta de jogo do adversário. Considerando o elenco disponível, o ideal seria em uma estratégia mais ofensiva ao enfrentar adversários de menor nível técnico.
6. Descontrole emocional
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Por fim, um dos antigos problemas envolvendo equipes brasileiras no futebol acabou aparecendo na estreia do Brasil durante a Copa América. A insatisfação dos jogadores diante das corretas decisões do árbitro César Arturo Ramos Palazuelos durante a partida (sobretudo no gol anulado de Marquinhos) foram amplificadas pelo comportamento de Dorival Júnior à beira do campo, comportamento muito criticado na imprensa estrangeira e que pode atrapalhar o aspecto disciplinar dos jogadores durante a competição.
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Este artigo foi publicado originalmente no 90min.com/pt-BR como 6 erros que Dorival Júnior precisa corrigir para o Brasil vencer o Paraguai na Copa América.